terça-feira, 10 de junho de 2008

anteontemoudepois

7:42 am - Frio.

Uma cama, um cobertor, ela.
Por meia hora fiquei só observando-a dormir levemente
quisera eu fazer parte do imaginário dela naquele instante.
Deitei, e não demorou muito para que notasse minha presença ali.

- Tu demorou, amor.
- Tudo bem, tô aqui. Shiiiiii.

Ela sorriu e se aconchegou no meu ombro.
Seis meses já haviam passado e eu me encantava
toda vez que olhava aquele lindo rosto.
Dormi e o tempo passou.

Ela se foi. O telefone tocou.
Uma hora e meia de ligação e estava tudo acabado! ACABADO!
Lembro-me de ter dito: - Eu não quero mais, ponto final.
Jamais me entenderei por tal ato.

Um banho gelado. Um cigarro. Um café.
Nada além disso. NADA!
Não há fome, não há mais desejo algum.
O dia se passou.

10:37 pm - Frio.
Uma cama, um cobertor, sem ela.
Apenas lembranças.
Solidão.

2 comentários:

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

quando amamos deixamos de perceber as falhas-erros-defeitos de alguém, deixamos de entender que também são, os que amamos, humanos. quando somos humanos temos aquela coisa chamada mesquinhez e obviedade. ao amar, nosso corpo se enche só de amor e esquecemos que assim também somos: só humanos.

depois não sobra nada.